segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Capítulo 8 - "Os Visitantes"

 

Dois anos se passam. A brisa calma visita as casas de pedra, aliviando um pouco o calor. Enquanto a maioria está no campo trabalhando, quem pode ficar é que vê treze Oficiais de um reino distante adentrando as terras da aldeia camponesa, formalmente.
Montados, trazem consigo dezesseis cavalos, dois deles guiando belíssima carruagem, um pouco empoeirada pela viagem, assim como eles mesmos. Vestem-se como num cerimonial, com cavalos enfeitados, trajes elegantes, vermelhos, com direito a distintivos e bordados. Seus chapéus possuem uma grande pluma, ninguém nunca viu nada parecido por ali. Suas botas pretas de cano alto causam estranheza na aldeia onde ninguém calça sapatos.
Àqueles que vão até suas portas para observarem melhor, os estranhos fazem perguntas com a melhor educação, numa cortesia ensaiada, num sotaque diferente, falando uma língua que ali ninguém conhece: o idioma da formalidade. Assim que obtêm as informações necessárias, agradecem e continuam sua marcha, se aproximando do local indicado.
Evelyn, junto às demais cuidadoras, quase todas senhoras bem mais velhas que ela, faz plantão próxima à praça central. Ela observa aquelas imponentes e estranhíssimas figuras irem em direção à sua residência. Levanta e fica alerta, com o cenho franzido de preocupação: quem são essas pessoas? O que elas querem?

Cedes lavava os pratos de barro, esperando os filhos voltarem do trabalho. A envelhecida senhora observa os Oficiais pela janela da cozinha. Admirada com a singular visão, vai esperá-los também na porta.
Eles param em frente à mulher e um deles, esguio, nariz grande e estreito, cabelos longos e escuros formados por centenas de pequeninos cachos, que atende pelo nome de Ian Poler, a pergunta com muita cordialidade, embora esteja exausto e derretido pelo calor:
– Com licença, minha senhora, chegamos a essa porta depois de muito procurar. Será que poderias nos dar o consolo de ter uma palavra com teu marido?
– Lamento, mas ele faleceu há dois anos.
Ele olha para os companheiros de ofício, preocupado, tira o chapéu, sendo imitado pelos outros, e o suor de sua testa mantém seus cabelos colados a ela. Volta a olhar à mulher:
– Sinto muito, minha senhora. Perdoa-me por ter tocado em um assunto tão doloroso.
– Não se preocupe com isso. Dói menos hoje do que ontem. O tempo acaba curando tudo.
– Tens razão. O tempo leva tudo consigo. As alegrias e as dores. – sorri, mudando de assunto – Mas poderias dizer-nos se, por um acaso, o nome de teu finado esposo seria Jason Mideline?
– Como sabe?
O Oficial sorri vitorioso. Tinham procurado esse homem em todos os cantos de Elderwood, por todo o reino de Rohrand e de Kophand... e no final das contas ele tinha ido parar em Mourões. Treze homens esgotados de tanto buscar, com a língua cansada de tanto perguntar, poderiam finalmente ter sua recompensa. Retoma a seriedade:
– Nesse caso, boa senhora, poderíamos falar com teu filho? O teu sétimo.
O Oficial nem podia saber se Jason chegara a ter sete filhos. Apenas torce por isso. A mulher faz suas contas na cabeça:
– Ah! Andy? O que ele andou aprontando, senhor? – diz preocupada a ingênua senhora – Se for é só me dizer que ele vai ver! Vou puxar a orelha dele!
Num suspiro de alívio, Poler explica:
– Não é nada disso, minha senhora. Nós viemos para buscá-lo…

***
    
Ao fim da tarde chegam os filhos de Dona Cedes. Falantes e rindo alto. Porém, assim que olham a porta de casa cheia de cavalos emplumados junto àquela carruagem tão diferente das carroças com que são habituados, calam-se imediatamente. Hesitam, não entram em casa ainda, por receio.
As gêmeas rodeiam a carruagem:
– Eu já vi isso antes…  – fala Samara – Sim, nos livros de contos! É a carroça dos reis! – sorri empolgada.
– Mas o que está fazendo aqui? – estranha Andrew que tinha, depois daqueles longos meses de rebelião, voltado aos poucos ao seu comportamento normal assim como Dennis e Francis, e carregava as ferramentas do trabalho do dia sobre o ombro.
Observando pela janela, os jovens veem estranhas sombras bailando pela casa, criadas por lampiões. A voz de Evelyn lá dentro soa incisiva, nervosa, como todos ali conheciam:
– Não! Não é justo! Eu não acredito! Tem alguma coisa errada!
Heidi, que agora já tem oito anos de idade e tinha acabado de iniciar sua vida de roceira, cria coragem para abrir a porta. É surpreendida pela inesperada visão daquelas estranhas visitas sentadas na copa. Chama a mãe timidamente, como faria um cabritinho:
– Mãe...
Cedes chega da cozinha alegre, trazendo biscoitos do forno à lenha para os cavalheiros. Ao ver que os filhos chegaram, larga tudo na mesa e corre para cima de Andy. Arranca-o do meio dos irmãos:
– Olhem, é este aqui! – diz orgulhosa – E vejam como ele é bonito! É a cara do pai dele!
É, e ele é mesmo: um menino são, pele alva, cabelos castanhos longos e desarrumados, lindos e assustados olhos verdes que mais parecem o brilho do sol quando adentra a mata fechada.
Ian Poler sorri, levanta de sua cadeira e dirige-se a ele respeitosamente. Abaixa-se e beija sua mão. O garoto não entende nada. Ian apresenta-se, apresenta os outros, mas a situação não muda: o menino ainda não entende e os olhos estão cada vez mais arregalados.
Tudo começa a ser claramente explicado:
– O senhor é um príncipe, assim como vossos irmãos. Mas por ser o sétimo filho do sétimo filho de Lucius Hanrich Grimmard Mideline, mais conhecido como Lucius III, sois o legítimo herdeiro de Seu trono. Tereis algumas horas para arrumar vossas coisas e assim pegarmos a estrada sudeste para mudar-vos para o Palácio de Pedra onde sereis apresentado à Sua Majestade.
O menino pensa, tenta, mas não acredita:
– O senhor está me dizendo que eu, um pobre aldeão, sou um príncipe-herdeiro? Eu? Deve ser um engano.
– É! – Evelyn afirma, irredutível –É um engano!
Ian Poler, apesar de parecer ser um homem muito paciente, deixa um suspiro tenso escapar:
– Vossa Alteza podeis estar certo da veracidade e da seriedade do fato.
– Mas como? – Andy comprime o rosto, agoniado – Eu nasci aqui, e meu pai, ele… ele não é de...
– Elderwood, Alteza.
– É, Elderwood! – então lhe volta a ideia de que, na verdade, não sabe nada, seu pai nunca contou nada sobre o lugar de onde veio.
Seus olhos baixam ao chão por um instante: estava descobrindo algo tão importante, algo que há tanto queria saber. As origens do seu pai! Mas por que tinha que ser assim? Por que o preço disso era tão alto? Por que tinha que levá-lo embora? Andy continua sua argumentação cada vez mais aflito, pois ela é infundada e ele sabe disso:
– Meu pai e eu, nós… somos mouroneses, entende? Desde sempre! – o garoto vai falando e andando para trás, até deparar-se com a barreira de irmãos em frente à porta, todos tão atônitos quanto ele.
– Bem, na verdade não é bem assim. – explica Ian Poler – Vosso pai nasceu sim em Elderwood. É filho de Lucius Mideline, mas rompera com ele, mudando-se para esse – suspira – distante reino. Mesmo assim, com o rompimento, ainda sois o legítimo herdeiro. Vireis conosco, querendo ou não.
– Gosto daqui.
– Ora, não seja bobo, Andy! – empurra a mãe, não querendo passar vergonha na frente de cavalheiros tão importantes – Você vai gostar de lá. Eles vieram de muito longe atrás de você!
– Mãe, por favor, eu gosto de viver aqui, de ser aldeão, de morar com a senhora, de ser livre! Será que ainda não percebeu? – toma a frente dos irmãos, discursa seu grito de liberdade – Eles vão me vestir como eles! Vou ter que usar sapatos!
Os Oficiais se entreolham e chegam a achar graça da preocupação do garoto.
– Acalmai-vos, meu jovem – diz Ian, paciente – Se considerais que pobreza é liberdade, talvez estejais certo. Mas estejais certo também que muitos dos vossos irmãos gostariam de estar no vosso lugar. – alguns, ao ouvirem isso não conseguem disfarçar uma ponta de inveja, principalmente os mais velhos, ao que Poler continua – Vamos, Alteza, isso não é uma opção. O reino de Elderwood precisa de vós.
Andy está irredutível:
– Por que agora – resmunga – se o Rei está vivo?
– Por que não agora?
– Porque eu sou uma criança, senhor… – Andy implora com o olhar – Porque eu adoro ser criança… e ajudar minha mãe, e brincar com meus irmãos… Eu não quero ficar longe deles… Por favor, nós perdemos nosso pai, senhor, e já sofremos tanto… Não me faça perder todos de uma vez!
Os irmãos Mideline se unem, abraçam Andy. Evelyn e Heidi o agarram com carência e a mais velha já sente os olhos molhados de medo de perder seu último cúmplice da magia do mundo.
Os Oficiais se entreolham, sentidos pelo seu trabalho exigir isso. O que era para ser uma busca a alguém que seguiria feliz sabendo de sua fortuna e futuro poder acabou por se transformar quase num rapto. Outro Oficial, já grisalho, Senhor Edgard Shantall, tenta continuar:
– Precisais ser treinado para assumirdes o trono. Isso não se faz da noite para o dia, Alteza. Além do mais, é nosso dever levar-vos daqui. Um dever de obediência ao Rei Lucius III assinado por todos nós. Está além de nossa ou vossa vontade. E, por mais suave que esteja sendo nossa abordagem, o não cumprimento desse dever se tornaria um crime.
Andy sente o peito apertar, sente dificuldade de puxar o ar, tamanho o nó que começa a se formar em sua garganta. Quer ser corajoso diante de seus irmãos e na frente desses desconhecidos, mas está fraquejando, deixando a voz embargar:
– Não vão desistir, não é? – pergunta, já segurando uma lágrima.
– Se o fizermos seremos punidos e sereis levado à força por outras pessoas, não tão pacientes, tenhais certeza.
Já completamente rendido, baixa a cabeça e mergulha no colo na mãe:
– E… e quantas horas eu tenho?
– Algumas, Alteza, – sorri o Oficial Poler – quantas precisar.
Na verdade não dispunham de tantas assim, pois já passaram muitos meses nessa procura por Jason. Poler e seus subordinados, porém, não têm coragem de cobrar isso dele, afinal, que culpa ele tem por seu pai ter fugido para tão longe? Devia temer, ou nem acreditar que esse dia chegaria. Talvez pensasse que Lucius se esqueceria dele, desistiria quem sabe, e que jamais mandaria resgatarem seu herdeiro. Talvez o fato de Jason ter morrido tenha facilitado o trabalho dos Oficiais, pois certamente ofereceria oposição ao pai quanto à sua exigência de levarem seu neto a Elderwood.
Já Dona Cedes, sozinha com onze filhos, parecia até um pouco aliviada: não como uma mãe desnaturada que deseja livrar-se de uma boca para alimentar, mas como uma mãe esperançosa que acha que pelo menos um de seus filhos vai poder ter uma vida abastada e, assim, quem sabe, ajudá-los a todos. Andy parece ler seus pensamentos quando coloca suas condições:
– Só vou se minha família tiver uma vida privilegiada! Se o meu trabalho não lhes fizer falta nenhuma!
– Vosso desejo é uma ordem, Alteza. – numa longa reverência, Poler pede aos outros – Tragam o ouro para cá e o cavalo dele.
– Que ouro? – pergunta Lenora arregalando os olhos.
– Que cavalo? – pergunta Andy surpreso, enquanto seus irmãos dão passagem aos Oficiais.
– Vosso presente de boas-vindas. – responde outro dos Oficiais, chamado Lemond.
Todos vão para fora. Lá está ele: um puro sangue branco com a crina frisada como uma obra de arte. Sela preciosamente trabalhada em couro – coisa que ecklacianos não usam – e arreios trançados em várias cores, completando a estupenda visão. Está um pouco empoeirado pela viagem, mas ninguém repara. Andy abre a boca:
– Meu? Esse cavalo é meu? Eu não mereço isso, por favor... – e corre para acariciar sua pele alva e macia.
Um graúdo baú de ouro é deixado no quarto da mulher, causando uma certa petrificação nos moradores da casa.
O amanhecer do dia seguinte é o prazo dado para Andy arrumar-se e despedir-se. Os Oficiais do reino distante então se retiram e começam a montar o acampamento atrás da casa. Usam lona pesada, bem neutra, diferente dos seus vistosos uniformes, não deixando, porém, de atrair imensa curiosidade dos vizinhos.
A família se reúne ao redor do ouro, os olhos faiscando. Heidi pega um punhado na mão:
– Então é assim que ele é? Quanto vale isso?
– Preferia que tivessem trazido livros… – reclama Andrew.
– Cala a boca, idiota – diz Felix, quase ofendido – isso compra pilhas e pilhas de livros!
– Vamos gastar com quê? – Lenora olha para todos, ansiosa.
– Vamos dividir com a aldeia. – fala Evelyn, incisiva – É o certo.
Nesse momento todos se entreolham e surge, pela primeira vez, o egoísmo latente naqueles corações. Dividir com os vizinhos? Mas eles são os únicos Mideline da aldeia... São questões novas que eles teriam que aprender a lidar. Quando todos souberem do ouro, sugestões é o que não vão faltar.
Andy não acompanhava isso. Embora estivesse junto deles no quarto da mãe, ele permanece sentado na cama, abraçado às pernas, os olhos abertos e distantes. Pensava em seu pai, nos motivos dele. Pensava para onde iria e na saudade que sentiria das vozes daqueles que ama. De cada um deles. Estica o pescoço para olhar para a janela do quarto, a mesma onde Evelyn viu os Elementais virem buscar o pai deles há dois anos. Sentirá falta deles também…
Naquela noite não é oferecido a Andy o seu lugar de sempre no beliche e sim o lado onde seu pai dormia na cama de casal tão dura e desconfortável onde foi gerado. Para ele, porém, parecia o paraíso. É rodeado pelas suas mulheres mais especiais: a mãe e suas irmãs Evelyn e Heidi. Até os cachorros foram permitidos no quarto e dormiram solenemente aos pés da cama. Andy chorou em silêncio até ser derrubado pelo sono de quem trabalhara com ardor aquele dia inteiro, como achava que trabalharia até o último dia de sua vida.
O lindo amanhecer de Ekclacia, com seu céu imenso, quase infinito, é registrado pelos olhos verdes do menino que sabe a saudade que sentirá dessa paisagem. A mãe chora emocionada e os irmãos ficam em silêncio na sua partida. Recebe um abraço de cada um e precisa consolar Heidi, que soluça muito:
– Acalme-se, irmãzinha. Eu não estou morrendo, pequenina, não é o fim. Só vou para um lugar onde as pessoas se vestem engraçado, só isso. – a brincadeira arranca um suspiro da menina que lhe dá um último abraço apertado.
Evelyn não é um poço de carinho, mas tem os olhos permanentemente úmidos, desde que aqueles homens estranhos anunciaram que levariam seu garoto maluco embora. Aquele que a ensinou tanta coisa nesses dois anos e matou de vez sua ideia de ir embora de lá. Que ironia… Agora era ele que partia, aquele que amava Ecklacia e parecia ser o aldeão mais satisfeito do mundo. Ele deve estar sofrendo tanto:
– Não se esqueça de nós… – ela pede, com os lábios comprimidos.
– Jamais. – ele responde, sem saber se falava dela e do resto da família, ou se se referia aos outros.
A todos, talvez. Ele não se esqueceria de ninguém.
Andy entra finalmente na carruagem, tão luxuosa que sente como se não devesse estar lá, como se isso fosse de alguma forma proibido para um pobre sujo como ele. Sim, ela é linda, com seus estofados de veludo vermelho, entalhes nas paredes, baús de madeiras tão nobres que não têm poros nem veios. Desliza as jovens mãos calejadas por aquelas superfícies tão estranhas a ele, até sentar finalmente no estofado, junto à janela, enquanto os cavalos que guiarão o veículo terminam de ser selados e o cocheiro já começam a atiçá-los.
Parte quieto, pensativo. Imagina o que encontrará lá naquele que conhecia apenas como o segundo maior reino do mapa. Com que tipo de gente terá que lidar, em que cama irá dormir... Não é a primeira vez que sua vida muda assim, de repente. A outra vez foi quando encontrou o tornado. Nada mais foi o mesmo depois daquele dia.
A paisagem que tanto ama vai ficando para trás, seus irmãos e vizinhos correm atrás da carruagem, acenando. Essa visão deixa o garoto desesperado, ele comprime o rosto, soluça. Comenta ressentido com Poler que cavalga ao seu lado:
– Me tiraram tudo que eu amo! E agora?
O Oficial o olha, enquanto se equilibra elegante na sela do garanhão castanho:
– Eu nunca imaginei que fosseis reagir assim, Alteza. Tenho que admitir que estou surpreso. O futuro aos Deuses pertence, estou apenas cumprindo meu trabalho que, confesso, pensei que fosse ser bem menos angustiante para o meu coração.
– Eu não sei nem para onde eu vou… – suspira, com os olhos tristes.
– Então como sabeis tanto que não vais gostar? – tenta animá-lo, enquanto o cavalo impetuoso que guia precisa ser controlado para seguir o ritmo exato da carruagem.
– Não sei. Só sei que gosto da minha aldeia.
Poler sorri, achando graça de uma resposta tão singela. Andy apoia-se na pequena janela da carruagem e pergunta pensativo:
– Por que meu pai nunca me contou que era um príncipe? Por que nunca disse que veio de Elderwood?
– Não sei, meu jovem, não poderei vos responder. Só sei por parte do rei que eles brigaram e Jason fugiu. Tinha dezessete anos. Por quê? Não sei. Para onde, só descobri agora.
– Então meu avô é um homem ruim.
– Achais? – levanta as sobrancelhas, surpreso.
– Meu pai não brigava à toa.
– O meu também. Mas brigava comigo e eu sou uma pessoa adorável! – ri-se o Oficial.
Andy também sorri, espera. Fica olhando para Poler e ri de um jeito preocupado:
– Mas ainda não disse que meu avô é bom.
Os dois dão risada e se olham com cumplicidade. Poler está fazendo o melhor que ele pode e Andy sente isso. Não pode assegurar seu futuro.
Aquele homem nasceu achando que para qualquer pessoa ser rico e poderoso bastava. Enganara-se, pelo jeito. Ele nota que tem uma gema preciosa nas mãos e que o menino, sem querer, está contando com ele para ajudar-lhe nessa nova fase.


Poler não é tão jovem, nunca teve filhos, sequer esposa. Sempre foi muito profissional e solitário. Alguém dedicado ao trabalho que abriu mão de muitas coisas para chegar aonde chegou. Está naquela fase em que se pergunta se tudo isso valeu a pena. Aqueles astutos olhos verdes talvez lhe respondam.

3 comentários:

Marcel disse...

Eeee Adoro Elementais!! Muito legal!!

Unknown disse...

EU SIMPLESMENTE AMO ESTE TIPO DE LEITURA.JÁ LI VÁRIOS LIVROS COM DIFERENTES CONTOS E NADA SE COMPARA A ESTE CONTO DESTA AUTORA M. MATIAZI, POIS ELA TEM A CAPACIDADE DE NOS PRENDER A ATENÇÃO DE UM JEITO DE NÃO QUERER PARAR E QUERER MUITO SABER COMO VAI SER O PRÓXIMO CAPÍTULO. TAMBÉM ESTA CAPACIDADE DE DESCREVER CADA PERSONAGEM EM SEU HABITAT COM DETALHES TÃO PERFEITOS QUE DÁ IMPRESSÃO QUE ESTAMOS LÁ COM ELES.
ESTOU ANSIOSA PELOS PRÓXIMOS CAPÍTULOS. VANDA

Fernanda Nia disse...

Adorei a cena deles rimando pra chamar os elementais! Foi uma fofura, hahahahaha!